A notícia mais importante do dia, ilustrada para fazer "Cócegas no Raciocínio" e fomentar a indignação dos que são contra o PACOEPA - Pacto Corruptônico que Envergonha o País.

1

 

‘’Podia-se creditar apenas ao estado de nervos no núcleo da campanha da presidente Dilma a reação violenta dela, do seu partido e do ex-presidente Lula à análise feita para clientes preferenciais do banco Santander em que altas da Bovespa são relacionadas a pesquisas eleitorais negativas para o projeto da reeleição. Para o PT, segundo seu presidente, Rui Falcão, tratou-se de “terrorismo eleitoral”. A própria Dilma considerou “inadmissível para qualquer país”, disse em sabatina na “Folha de S.Paulo”, a “interferência” do mercado financeiro no processo eleitoral. Já Lula, em um evento na CUT, pediu a demissão da analista responsável pelo texto. Talvez seja o primeiro político de origem no sindicalismo a defender publicamente a demissão de um assalariado.

Continue lendo o ‘’Cacoete autoritário limita análises econômicas’’ de Ricardo Noblat seguido do ‘’TERROR PETISTA’’ com Reinaldo Azevedo e ‘’Investidores avaliam que “guerra” contra Santander pode vazar provas sobre problemas na Petrobras’’ de Jorge Serrão, naturalmente com as observações tragicômicas do panfletário virtual:   

 

2

 

Dá-lhe Noblat: ‘’Mas a explicação para reação tão violenta não é conjuntural. O vozerio petista tem a ver com o cacoete autoritário de frações hegemônicas no partido contra a liberdade de expressão. Mesmo de departamentos de análise de instituições financeiras, as quais, daqui para a frente, praticarão a autocensura, como foi obrigada a fazer a imprensa durante a ditadura militar. Talvez este seja o objetivo da resposta petista em uníssono. A imprensa profissional conhece esta reação típica petista diante de informações que não agradem ao partido. Foi assim no escândalo do mensalão, em cujo início o próprio presidente Lula pediu desculpas ao país.

 

3

 

Logo depois, ele e partido passaram a negar o malfeito e a acusar a divulgação dos fatos como parte de um projeto “golpista”. O Santander, grupo financeiro espanhol, sabe agora o que significa contrariar o PT. O presidente mundial do banco, Emilio Botín, por coincidência em viagem ao Brasil, acompanha de perto a pedagógica experiência.

 

4

 

Para azar do banco espanhol, no Brasil, em que o Estado tem grande ingerência na economia, o setor financeiro é particularmente vulnerável à ação regulatória dos governos. A mudança de uma resolução do Banco Central, numa penada, pode produzir milhões: em lucros ou prejuízos. Entende-se, portanto, que mesmo campanhas publicitárias de grandes conglomerados financeiros privados reproduzam um certo ufanismo nacionalista típico da visão que o Planalto tem do país nesses tempos eleitorais. O que aconteceu na Copa do Mundo foi típico.

 

5

 

Em alguma medida, o Brasil de Dilma lembrou a Argentina de Cristina Kirchner. Lá, quando a economia estava subordinada ao truculento secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, escritórios de consultoria que divulgassem estimativas independentes da inflação eram punidos com pesadas multas. Moreno e Casa Rosada queriam impedir comparações com a inflação oficial, manipulada. O Brasil, felizmente, devido a suas instituições, está muito distante da Argentina kirchnerista. Mas os governos têm cacoetes muito parecidos.’’

 

6

 

Agora Reinaldo Azevedo da Revista Veja, com  ‘’Terror petista – Cabe perguntar: a partir de hoje, as análises que bancos fazem a seus clientes buscarão atender aos interesses de quem?’’

‘’Muito bem! A analista que foi considerada a responsável por ter anexado a extrato de correntistas uma análise sobre o comportamento dos indicadores econômicos vis-à-vis à posição de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais foi demitida. Lula pediu a cabeça da moça a seu amigão, Emilio Botín, presidente mundial do Santander, e o banqueiro deu o que ele queria. Vale dizer: o chefão petista investiu e obteve os devidos dividendos eleitorais. A partir de agora, uma questão está criada — e não só para o banco que troca cabeças por gentilezas do petismo.

 

7

 

Bancos também atuam como consultores de investimentos. Não são meros lugares em que se deposita o dinheiro. Em qualquer democracia do mundo, um episódio como esse nem mesmo seria notícia. Por aqui, virou um escândalo em razão da mistura sempre explosiva de ignorância com má-fé política. Não só isso. Somos também um país viciado em arranca-rabo de classes. Os que receberam a tal avaliação eram correntistas com contas acima de R$ 10 mil. Foram tachados de “ricos” por setores da imprensa. Ricos? Bem, num país em que uma família com renda per capita de R$ 300 já é considerada pelo governo “classe média”, tudo é possível.

 

8

 

Pergunto: doravante, as análises que o Santander e os demais bancos oferecerem a seus clientes têm alguma validade ou serão redigidas pelo medo e pela patrulha? Quando os consultores das instituições financeiras emitirem as suas opiniões, estas terão sido, antes, submetidas ao Comitê de Censura do Petismo? Se uma opinião considerada incômoda a um partido rende pedido de desculpas e demissão, devo entender que as que não rendem podem até estar em desacordo com a realidade, mas adequadas àquilo que pensam os poderosos de turno?

 

9

 

De resto, insisto num aspecto: a moça demitida do Santander não disse nada que não tenha sido dito na Folha, na VEJA, no Estadão, no Globo, na Globo ou na Jovem Pan. Aí o idiota grita: “Ah, mas essa é a mídia golpista”. Errado! A bancária demitida não afirmou nada além do que o próprio Lula vem afirmando, com uma única diferença: ao fazê-lo, ele usa o episódio para exaltar Dilma. A ex-analista do Santander se limitou a fazer uma constatação.

 

11

 

Esse episódio é vergonhoso e dá conta da cultura autoritária de um partido político, incapaz de conviver com a divergência. A presidente Dilma, numa avaliação tacanha, considerou que a análise enviada aos correntistas era uma tentativa de o mercado interferir nas ações de governo. É mesmo? Ainda que assim fosse, o que haveria de errado? Quando a CUT, o MST, o MTST e um sem-número de siglas tentam interferir nas políticas públicas, tal inciativa é ou não legítima? E olhem que há uma diferença brutal: com alguma frequência, esses entes que cito não se manifestam apenas por meio de notas, mas da ação direta, que cassa direitos de terceiros sob o pretexto de defender… direitos.

 

12

 

Nesta quarta, por exemplo, falaram na Confederação Nacional da Indústria os presidenciáveis Eduardo Campos, Aécio Neves e Dilma Rousseff. Já no evento da CUT — uma entidade financiada com dinheiro público, dos trabalhadores, forçados a financiá-la por meio do imposto sindical —, só o petismo tem voz; só o petismo é convidado a se manifestar, numa afronta escancarada à Lei Eleitoral.

 

10

 

A síntese é a seguinte: a analista do Santander foi demitida sem ter descumprido um milímetro da lei. Dilma será aplaudida amanhã, em evento da CUT, transgredindo a lei. Ou tentem me provar que estou errado.’’

 

14

 

Encerrando agora com Jorge Serrão do Alerta Total, em: ‘’Investidores avaliam que “guerra” contra Santander pode vazar provas sobre problemas na Petrobras’’:

 

15

 

‘’A revanche com ares de ira marciana de Lula da Silva e Dilma Rousseff contra o Banco Santander representa o risco de se transformar em um dos maiores tiros pela culatra já dados pelos petistas desesperados com o risco concreto de perderem a reeleição.

 

16

 

O banco espanhol, controlado pelos britânicos, tem a memória financeira daquilo que investidores apostam ser um dos mais graves problemas na Petrobras: as aplicações de mais de US$ 7 bilhões no fundo BB Millenium 6, que viraram pó, e podem se transformar em alvo de uma ação judicial na corte de Nova York. O pânico toma conta do PTitanic, na beira do abismo rumo às profundezas abissais.

 

17

 

Investidores apostam que a alta direção mundial do Santander sabe absolutamente de tudo que aconteceu na Petrobras, nas gestões Lula e Dilma. Fábio Barbosa, ex-presidente do banco no Brasil e hoje dirigente do Grupo Abril, foi membro do Conselho de Administração da Petrobras, na estranha qualidade de “representante dos acionistas minoritários”.

 

18

 

O Santander foi o gestor do fundo Vênus – uma aplicação que também foi alvo de investigação da Comissão de Valores Mobiliários, mas acabou arquivada, como tantas outras queixas de investidores contra a falta de transparência em negócios da Petrobras.

 

19

 

Se a briga entre o governo e o Santander não for estancada, pode sobrar para a turma da Petrobras – segundo avaliação de vários investidores da companhia. A tendência é que vigore a tática de colocar panos quentes no conflito gerado pelo relatório que relacionava a melhora das intenções de voto em Dilma com o risco de “piora” econômica do Brasil.

 

20

 

O sinal de paz foi dado pelo presidente mundial do Santander. Emilio Botín confirmou ontem que demitiu a responsável pelo estudo. Não citou o nome da prejudicada, em comunicado lacônico e complicado de entender:  “A pessoa foi demitida porque o banco, advertido, disse que tinha que ser demitida antes”.

 

21

 

Mais focado ontem no encontro mundial de reitores, que vai alavancar o super empreendimento educacional do Santander, e menos preocupado com as ameaças do governo Dilma contra o banco, Emilio Botín até chegou a fazer uma média com o ex-Presidente Lula, que vociferou broncas contra o banco: “O presidente Lula é muito amigo meu, e para ele só tenho elogios”.

 

22

 

O “amigo” Lula tinha reclamado que: “Não tem nenhum lugar do mundo em que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que no Brasil. Aqui ele ganha mais do que em Nova York, mais do que em Londres, do que em Pequim, Paris, Madri, Barcelona”.

 

23

 

‘’Recado do economista Felipe Miranda, sócio da consultoria brasileira Empiricus Research, inconstitucionalmente censurado pelo TSE, em entrevista à Infomoney: “O que você viu com o Santander e com a gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é algo muito sério e preocupante para o nosso País”.

Quem ainda não viu o texto “O Fim do Brasil” pode conferir no link, com áudio para facilitar a compreensão da leitura:

http://www.empiricus.com.br/video-ofimdobrasilpopup/

Para compartilhar em seu facebook, clique aqui em   f share

 

 

 

Comentários Fechados