A notícia mais importante do dia, ilustrada para fazer "Cócegas no Raciocínio" e fomentar a indignação dos que são contra o PACOEPA - Pacto Corruptônico que Envergonha o País.

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Texto de Arthur Jorge Costa Pinto: “Após atravessarmos parcialmente um sombrio período de conturbadas especulações políticas devido ao preenchimento dos cargos na administração pública, finalmente ficou definido o novo triunvirato da equipe econômica para o próximo mandato da seita petista.

Os três mosqueteiros terão a grande responsabilidade de recuperar a soberania da gestão econômica, impondo uma trajetória de crescimento, paralelamente a outro desafio maior, o de resgatar a credibilidade da desmoralizada gestão presidencial, que durante seu primeiro tempo foi jogada sem a mínima competência requerida pela sua titular. Este foi um período estremecido por notáveis equívocos e vigorosas intervenções em empresas estatais que atingiram expressivos segmentos da economia brasileira.

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Desde setembro passado, através de um comunicado inconsequente da candidata Dilma, durante a sua campanha de reeleição, ocorreu a antecipada demissão da cabeça coroada da sua equipe econômica. Este comportamento tresloucado só serviu, aparentemente, para não contaminar quem está chegando com bons propósitos para enfrentar os péssimos resultados deixados pela sua “nova matriz econômica”, que será substituída pela ortodoxia de um novo modelo econômico.

 

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Inicialmente, o fato positivo é a indicação de profissionais com reconhecido currículo, os quais receberam, no primeiro momento, as boas-vindas do mercado financeiro e dos empresários, já que trazem com eles, bons diferenciais.  Todos carregam uma bagagem de experiências comprovadas, muitas delas adquiridas nos emaranhados caminhos do poder público, o que se tornou um ponto decisivo para conviver com esta nova gestão “espetaculosa”, que possui fragmentações na sua base de sustentação política, agasalhando inúmeros escândalos de natureza política que sinalizam graves desdobramentos e comprometem o equilíbrio econômico, social e político do país.

 

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Na equipe econômica deste novo governo já se encontram oficialmente confirmados: Joaquim Levy (Fazenda), diretor licenciado do Bradesco, um liberal com doutorado em Economia pela ultraortodoxa Universidade de Chicago, com relevantes serviços prestados ao FMI e notável defensor do “market friendly” (pró-mercado) e Nelson Barbosa (Planejamento), dissidente comportado deste mandato que se encerra, que retorna pelas mãos do seu ídolo Lula. Permaneceu apenas um dos escudeiros fiéis da presidente, Alexandre Tombini, aparentemente travestido com uma nova blindagem à prova de pressões políticas, a exemplo do seu antecessor Henrique Meireles.

 

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A partir daí, a presidente Dilma continuará com desenvoltura o seu estelionato eleitoral, demonstrando mais uma vez, após sua reeleição, que a economia brasileira encontra-se debilitada e carece urgentemente de um redirecionamento exemplar. Desse modo, está mirando as eleições majoritárias de 2018, buscando dar sustentabilidade à linha fascista que impõe os fundamentos da sua seita política.

 

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Entretanto, existe o risco que podemos denominar de incerteza temporal. Esta possível instabilidade pode ser sintetizada dentro de um novo contexto econômico: as metas que deverão ser estabelecidas acontecerão gradualmente, obedecendo a uma trajetória técnica, objetivando harmonizar a economia e este caminho jamais poderá ser indolor.

As intervenções indispensáveis poderão não garantir um efeito positivo no curto prazo e muitas delas trazem consigo efeitos colaterais, de modo que ainda iremos conviver com resultados sofríveis.

 

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Começando pelo PIB (Produto Interno Bruto), que dificilmente deverá se elevar nos dois primeiros anos a um patamar que se situe dentro dos parâmetros da média global projetada; a inflação que não deverá cair no primeiro ano; o desemprego que deverá ser uma determinante preocupante e alguns programas sociais que serão enfraquecidos, além de outras mazelas.

Consequentemente, surgirão os inevitáveis questionamentos. Ainda irão perdurar os desdobramentos da corrupção instalada no País, a exemplo do Petrolão e suas conexões criminosas localizadas em robustos nichos que foram exauridos ao longo de doze anos pelo comando da seita petista.

 

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Dilma tem o dever, perante os brasileiros, de diminuir os estragos realizados pelo loteamento das suas nomeações neste seu último desgoverno que contemplou inescrupulosamente a sua base aliada, punindo e permitindo punir, com ampla e irrestrita severidade, os assaltos praticados pelos seus liderados aos cofres da nossa fragilizada administração pública. A presidente tem a obrigação de liderar as amplas mudanças e anestesiar o denominado “núcleo duro” que exerce influência sistêmica nas sucessivas gestões petistas, inclusive aqueles “companheiros” políticos que formam uma quadrilha doutrinada com acesso privilegiado ao seu “santuário”, rodeado por um altar de veneráveis empresários corruptores e dos diletos corrompidos. É prudente estabelecer um período para o amadurecimento dessas medidas e nesse ínterim, não podem acontecer rumores que venham a desestabilizar a implementação das ações direcionadas ao equilíbrio macroeconômico.

 

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Da mesma forma, não deve ser consentida a busca de variantes conjunturais que comprometam o projeto de ajuste das contas públicas. Julgo ser interessante e estratégico envolver o ex-presidente Lula, aproveitando-o como o grande articulador e avalista que demonstrou ser na formação da nova equipe econômica, para ajudar a amansar o lado mais radical da seita petista, que se encontra tumultuando os bastidores da política nesses primeiros momentos após a divulgação dos novos mosqueteiros. A integração entre todas as correntes do pensamento petista é extremamente importante para que os resultados sejam alcançados com pleno sucesso. Presenciamos a primeira coletiva dos novos ministros, quando demonstraram exacerbada contrição, “pisando em ovos” nos seus respectivos pronunciamentos. Provavelmente, com medo de receberem logo após a formalização do convite, um exuberante “coice”, proporcionado pelo costumeiro destempero emocional da presidente, naquilo que é a sua reconhecida marca registrada.

 

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Talvez, por este motivo, não foram respondidas com a desejável transparência as perguntas formuladas pelos jornalistas, mas ficaram claras nas declarações deles, que pretendem realizar um esforço fiscal em 2015, que será de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) e acima de 2% nos dois anos subsequentes, evidenciando o perigo que estamos passando, bem próximos ao buraco que deixaremos exclusivamente para enterrar o ciclo Dilma. Alguns analistas acharam tudo isso insuficiente para conter o crescimento da dívida bruta, mas já é um avanço se considerarmos o superávit nulo de 2014 ou até mesmo se formos surpreendidos com um déficit até o momento projetado em R$ 11 bilhões. Os três mosqueteiros têm muito que trabalhar, buscando um diálogo permanente, trilhando um único caminho, alimentando os mesmos propósitos na reconstrução da nossa economia e afastando-se com independência dos atalhos perigosos da seita petista.

 

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O Brasil só será bem sucedido na recondução da sua nova política econômica se buscar atrair investidores, ampliando investimentos alinhados com o PIB, com concessões prósperas, crescimento da produtividade e competitividade, com transparência nas contas públicas e políticas, avanços nos marcos regulatórios, para assim pavimentar o futuro do crescimento e desenvolvimento econômico brasileiro. Resumindo, os nomes apresentados nos reconduzem à crença de que ainda existe o caminho da esperança, mas por si só não traduzem integralmente as expectativas. A presidente tem que sustentar ao longo do seu novo mandato a carta branca aparentemente consignada aos novos mandatários da política econômica e silenciar as manifestações oposicionistas dentro do seu partido, evitando e retirando os obstáculos que propositalmente serão colocados no caminho deles. Obvio que não será uma tarefa simples, mas tem que ser assumida com determinação.

 

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Para finalizar, vale citar que o novo ministro da Fazenda se referiu com muito entusiasmo ao mercado de capitais como uma mola propulsora ao crescimento da Nação. Nesse ponto, ainda encontro-me cético, na medida em que seus antecessores demonstraram este mesmo comportamento. Infelizmente, não conseguiram transpor este discurso e fazer acontecer. Ficou claro também que não teremos mais um BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) tão “operativo” como neste primeiro mandato. Seus recursos deverão ser restritos, o que abre uma nova oportunidade para colocar em prática o seu sentimento. Pelo visto, o próximo ano será dedicado exclusivamente a fortes ajustes. Só o tempo nos mostrará se esta equipe econômica terá a liberdade para dar continuidade às demandas identificadas, levando a nossa economia a recuperar a confiança dos investidores. Os primeiros pontos passam, necessariamente, pela transparência e pela recuperação das deterioradas contas públicas e a diminuição eficaz dos gastos do governo.

 

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O combate permanente à inflação será fundamental para assegurar o poder de compra da sociedade e o rígido controle com os gastos do governo também é essencial; por sorte, os novos mosqueteiros sinalizam que compartilham desta necessidade. As impressões iniciais que a nova equipe deixou ao mercado foram relativamente positivas, mas na avaliação dos brasileiros é necessário muito trabalho com cautela e pleno jogo de cintura para que este mandato possa representar um novo ciclo promissor para a estabilização macroeconômica e o crescimento sustentável da nossa economia.”  Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador). Publicado no Alerta Total de 07 de dezembro de 2014.

 

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